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16 janvier 2011 7 16 /01 /janvier /2011 19:45

Pena de morte argumentos0000

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16 janvier 2011 7 16 /01 /janvier /2011 18:28

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Da análise ao relativismo cultural podemos reter algumas ideias/conclusões pertinentes:

 

- se o relativismo fosse verdadeiro deixaríamos de poder emitir juízos de valor, positivos ou negativos, sobre as diferentes culturas, incluindo a nossa;

 

- quer o etnocentrismo, quer o relativismo não constituem soluções aceitáveis face à diversidade cultural;

 

- são necessários à humanidade critérios de valoração trans-subjectivos;

 

- a tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço pela riqueza e pela diversidade de culturas;

 

- a tolerância não é concessão, condescendência, indulgência;

 

- a tolerância encontra o seu limite no intolerável.

 

                                                                                .../...

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16 janvier 2011 7 16 /01 /janvier /2011 16:05

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9 janvier 2011 7 09 /01 /janvier /2011 21:13

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Relação entre normas e valores morais

 

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Sociedade e cultura

 

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Duas ideias a reter:

- o ser humano é produto da sua cultura e também a produz;

- a cultura não é estática.

 

 

Diversidade cultural


É norma socialmente reconhecida entre nós que devemos cuidar dos nossos pais e familiares quando atingem uma idade avançada. Os esquimós deixam-nos morrer de fome e de frio nessas mesmas condições. Em vários países muçulmanos a poligamia (um homem pode ter várias esposas) é uma prática normal, ao passo que nas sociedades cristãs ela é vista como imoral e ilegal. Certas tribos na Nova Guiné consideram que roubar é moralmente correcto; a maior parte das sociedades condenam esse acto. Em certos países a pena de morte vigora, ao passo que noutros foi abolida.

Centenas de páginas seriam insuficientes para se documentar a grande diversidade de normas e práticas culturais que existem actualmente e também as que existiram. Veja-se, actualmente, na diferença entre as culturas ocidentais, islâmicas, orientais, etc. Por outro lado, historicamente, recorde-se as alterações que as sociedades, as culturas e as mentalidades sofreram, por exemplo, desde os séculos XVII ou XVIII, para não recuarmos mais no tempo.

 

 

Etnocentrismo

 

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ou seja,

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Relativismo moral

 

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Questão em debate: Universalidade ou Relatividade?

As normas e os valores são universais e absolutos ou relativos?

 

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(Reler apontamento sobre Historicidade e Perenidade dos valores)

 

Não é fácil tomar posição sem provocar algum tipo de reacção:

a) Se defendemos que há valores absolutos, isso significa que podemos impor esses valores às culturas/sociedades que não os têm (etnocentrismo); por exemplo, se consideramos a pessoa como um valor absoluto e pretendemos que outras sociedades a considerem como tal, então podemos ser acusados de etnocêntricos.

b) Se admitimos o relativismo, como podemos condenar as práticas de outras culturas (como a excisão), que para nós são aberrantes?

[Excisão ð mutilação genital feminina; corte parcial ou destruição total do clitóris.]

 

…/…

 

Observação: Valores humanos como a tolerância, a democracia, a liberdade, são valores cada vez mais importantes, mas que não se têm imposto: têm-se conquistado, com muitas lutas, em muitas e diferentes culturas e sociedades. Temos que lutar por eles (nunca estão dados/adquiridos definitivamente), mesmo que isso implique algumas contradições.

 

…/…

 


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12 décembre 2010 7 12 /12 /décembre /2010 17:18

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12 décembre 2010 7 12 /12 /décembre /2010 17:11

lichtenstein 1

 

 

Serão os valores perenes, isto é, independentes do tempo, do espaço e dos seres humanos concretos que os realizam? Ou, pelo contrário, dependem das épocas, dos homens e das culturas?

Existem defensores de uma e de outra posição. Os defensores da primeira tese fazem parte das chamadas correntes essencialistas ou substancialistas, os da segunda pertencem às correntes relativistas.

 

Teorias essencialistas (perenidade dos valores)

Os seres actuais permitem apenas a realização dos valores. Estes, que antes de tudo são algo ideal (uma essência), em dados momentos assumem existência, quer dizer, materializam-se, concretizam-se nas obras do homem ou da natureza. As coisas, os objectos, as acções dos homens, são portadoras de valores, mas estes estão mais além, numa esfera distinta que poderemos designar como ideal.

 

«O valor irreal torna-se real, isto é, assume existência, encarna. (…) [O valor] não consiste num ser em si mesmo, mas num ser que está noutro ser. Assim, por exemplo, um valor estético converte-se em existencial no quadro do pintor; o valor ético, na acção do homem virtuoso. O quadro do pintor passa a chamar-se ‘belo’; a acção do homem, a chamar-se ‘boa’. Isto é: os valores, portanto, só podem tornar-se existenciais sob a forma de qualidades, características, modos de ser. Não possuem um ser independente, mas são de certo modo “trazidos”, “sustentados” pelos objectos nos quais se realizam; estes objectos tornam-se o seu “suporte”. As coisas são então “portadoras” dos valores.»

Johannes Hessen

 

Nestas correntes, o conteúdo dos valores é absoluto e imutável. A apreensão que fazemos dos valores pode variar com os costumes, os hábitos, as instituições, as épocas, as culturas e os indivíduos, mas os valores, enquanto essências situadas num plano ideal, permanecem intactos. Podem ser melhor ou pior captados ou formulados, mas, em si mesmos, permanecem absolutos e imutáveis.

 

Teorias relativistas (historicidade dos valores)

Estas teorias rejeitam o carácter absoluto e objectivo dos valores e afirmam a sua historicidade. Os valores não pairam fora do tempo, não são imutáveis mas relativos. Dependem dos contextos culturais e civilizacionais, das épocas e dos indivíduos concretos que os produzem.

De um modo geral, as teorias relativistas partilham a tese segundo a qual descobrir os valores é descobrir a actividade do sujeito. Não faz sentido falar de valores abstraindo-se o sujeito ou minimizando-o, como defendem as teorias essencialistas que tratam os valores como formas intemporais. Pelo contrário, para os relativistas, o sujeito é o elemento decisivo e os valores são o resultado da sua actividade. Neste sentido, os valores são subjectivos, isto é, são o resultado da acção e da apreensão de um sujeito.

Assim, para o relativismo axiológico, os valores respondem às características e às necessidades específicas das sociedades, dos indivíduos ou dos períodos históricos determinados. Como tal, são mutáveis, tal como os homens e as sociedades que os produzem. Não existem valores universais. O vendedor de carros usados pode ser completamente honesto e sincero com a sua família, mas na sua profissão pode ser levado a mentir e isso pode ser considerado ― pelo seu patrão, por exemplo ― como um valor, em função dos objectivos da empresa (vender mais carros).

 

 

Actividade (facultativa)

Sustenta, com argumentos razoáveis, a teoria que julgas mais aceitável.

 

 

 

 

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12 décembre 2010 7 12 /12 /décembre /2010 17:01

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Facto e Valor[1]

 

Ao dizermos:

 

«Lisboa é a capital de Portugal»

«A poluição ameaça o equilíbrio ecológico»

«Portugal tem a maior taxa de mortalidade infantil da Comunidade Europeia»

 

estamos a proferir afirmações acerca de algo que existe, que pode ser verificado e que, portanto, é susceptível de aceitação universal. Afirmações deste tipo, capazes de traduzir a realidade, sem acrescentar nenhum comentário ou opinião negativa ou positiva, designam-se por juízos de existência, de realidade ou de facto. 

Utilizamos a palavra facto para nos referirmos a coisas, pessoas, animais, acontecimentos, etc., naquilo que eles são em si mesmos, isolados e desprovidos de qualquer conotação afectiva ou interpretação subjectiva.

O mundo como realidade de facto é o real constituído por tudo o que é susceptível de ser descrito externa e objectivamente.

Mas se o mundo fosse encarado apenas desta maneira, ele seria reduzido a uma fria imensidão de seres materiais, de indivíduos, de situações concretas, em face dos quais permaneceríamos alheados e indiferentes. Não é isto que acontece. (Só faz sentido falar em valor, na medida em que não somos indiferentes à realidade que nos rodeia)

A constatação de que em Portugal a mortalidade infantil é superior à verificada nos outros países da Europa não nos permite ficar indiferentes. Também a tomada de consciência de que a poluição põe em risco as espécies vivas não nos deixa ficar neutros.

 

O que acaba de ser dito significa que o homem não se contenta com uma perspectiva coisificada da existência. Tal perspectiva, meramente informativa ou descritiva, é para nós insuficiente.

As coisas deixam de ser o que são e passam a ser à escala humana. Como diz Nietzsche, “foi o homem que deu às coisas o seu valor; foi ele que lhes deu um sentido, um sentido humano.” De facto, tudo nos surge como algo desejável ou indesejável, como algo atractivo ou repelente.

A não indiferença perante o mundo implica que a nossa vida não signifique somente viver e contemplar passivamente, mas antes agir[2] e participar, comprometermo-nos de acordo com preferências, desejando e repudiando em função de valores que, de uma forma geral, são sentidos por nós como algo de bom ou de mau[3].

 

 

 

Duas importantes características dos valores

 

- Os valores são bipolares

 

Todos nos sentimos atraídos pelo bem, pela verdade, pelo amor, pela justiça. Estes termos referem-se a valores que encontram o seu contrário no mal, na falsidade, no ódio e na injustiça. Os primeiros são valores positivos, os segundos são valores negativos (ou desvalores).

A bipolaridade é a propriedade que os valores apresentam de existirem sempre em pares opostos.

Exemplos de valores:

 

VALORES ÚTEIS:

capaz - incapaz

caro – barato

abundante – escasso

necessário – supérfluo

 

VALORES VITAIS:

 são – doente

 enérgico - inerte

 forte - débil

 

VALORES ESPIRITUAIS:

Intelectuais (conhecimento – erro; exacto – aproximado; evidente – provável)

Morais (bom – mau; bondoso – maldoso; justo – injusto; escrupuloso – desleixado; leal – desleal)

Estéticos (belo –feio; gracioso – tosco; elegante – deselegante; harmonioso – desarmonioso)

 

VALORES RELIGIOSOS:

sagrado – profano

divino  - demoníaco

                                                                      

 

 

- Os valores são hierarquizáveis[4] 

 

Cada sujeito, nas mais diversas circunstâncias, conduz-se por uma escala hierarquizada de valores que o leva pessoalmente a preferir isto àquilo, a realizar este acto em vez daquele.

Sempre que tem de deliberar, o sujeito encontra-se perante várias ordens de valores. Tem então, antes de agir, de se decidir relativamente ao que quer fazer. Terá que escolher, por exemplo, entre o prazer sensível, a realização espiritual, o lucro,, a valorização profissional, a justiça, etc. Uma vez decidido, a sua acção terá implícita, prioritariamente, uma dimensão económica, ou estética, ou ética, ou política, ou religiosa, …, que lhe é conferida pela ordem de valores preferidos.

Deste modo, os valores apresentam-se com valências diferentes, o que permite colocá-los numa escala hierarquizada de preferências. Quando falamos em hierarquia de valores, isto significa, antes de mais, que os valores se subordinam uns aos outros, em função da valiosidade que cada um tem para nós.

Cada pessoa pode estabelecer a sua própria escala de valores. Isto significa que os valores estão na dependência do sujeito que tem a possibilidade de os colocar hierarquicamente para regular a sua acção. Para além disso, também pode significar que o sujeito deve ser responsável pelas opções tomadas.

 

 

 

Nota

 

Alguns autores (por exemplo, Ch. Perelman) distinguem valores abstractos de valores concretos.

 

Os valores abstractos aplicam-se a princípios gerais, válidos para todos os casos (como por exemplo, a Beleza, a Liberdade, a Verdade, a Igualdade, ou a Justiça Social). Os valores concretos referem-se a um objecto, a um ser, a uma instituição ou a um grupo: uma empresa, uma nação, um clube a que pertencemos, são exemplos de valores concretos.

 

 

 

 

 

---/---

 



[1] Consideremos as seguintes afirmações: “Este edifício é do século passado” e “Este edifício é bonito”. A primeira traduz um juízo de facto e a segunda um juízo de valor.

[2] A acção humana implica a existência de valores.

[3] À experiência das pessoas e dos acontecimentos, acrescentamos os sentimentos da preferência ou da rejeição, da aprovação ou da condenação. Aos discursos dos factos preferimos os enunciados ou juízos de valor. Ao enunciado meramente constatativos que diria “Dezenas de timorenses foram mortos no cemitério de Santa Cruz”, preferimos e antecipamos esse outro que diz: “É inteiramente incompreensível e condenável o massacre de dezenas de timorenses no cemitério de Santa Cruz.”

[4] Os valores organizam-se num sistema coerente e hierarquizado, isto é, situam-se em planos diferentes uns em relação aos outros, formando uma “tábua de valores”. Assim, quando alguém opta por uma carreira artística que o seduz e sabe de antemão ser mal remunerada, fá-lo de acordo com uma tábua de valores que coloca a realização pessoal acima da riqueza material.

 

 

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27 novembre 2010 6 27 /11 /novembre /2010 20:31

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«O futuro não o descobrimos como Cristovão Colombo descobriu a América. Não temos que descobri-lo, temos que o inventar. O ser humano só se define pelo seu futuro, pelos seus possíveis (...).

O homem é olhar para a frente, é movimento para diante. Para modificar o mundo: não a predição do futuro, mas sim a invenção do porvir (...).

O homem nasce com o aparecimento do projecto. (...)

(...) o futuro que o homem concebe exerce uma influência eficaz sobre o presente que por ele é construído.»

 

Roger Garaudy

 

 

Para pensar e, se possível, comentar.

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21 novembre 2010 7 21 /11 /novembre /2010 19:15

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«(...) a liberdade é esta vocação particular da espécie humana que lhe abre uma história de prolongamentos imprevisíveis, enquanto as espécies animais parecem recomeçar indefinidamente a execução de um plano vital estabelecido de uma vez para sempre. O homem é o ser entre todos os seres através do qual a liberdade veio ao mundo (...). E cada recém-nascido sobre a terra dos homens repete por seu turno esta chegada da liberdade, este acesso à liberdade.»

Georges Gusdorf

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21 novembre 2010 7 21 /11 /novembre /2010 18:27

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Contrariamente aos animais, sujeitos a um determinismo que os faz comportar-se de acordo com uma programação biológica, o ser humano tem a possibilidade de escolher e de decidir o que quer fazer de si mesmo e está aberto em relação ao futuro. Contudo, a sua liberdade e a sua capacidade criadora estão sujeitas a limitações e a condicionalismos circunstanciais. As suas características biológicas, as condições físicas do seu ambiente e a influência do seu meio sócio-cultural influenciam e condicionam a sua acção.

Condicionantes:

- Hereditárias, físicas e biológicas

- Psicológicas

- Ambientais

- Históricas e culturais

 

Lê atentamente o seguinte texto/apontamento:

 

Limitações da acção apontamento 

 

Os condicionamentos físicos, biológicos , psicológicos, sociais e culturais, longe de serem absolutamente determinantes e constrangentes, são possibilidades oferecidas ao ser humano para que com eles construa a sua vida e lhe dê sentido.

  

a

 

Atenção a este texto de Fernando Savater:

 

«(…) por grande que seja a nossa programação biológica ou cultural, nós, seres humanos, podemos acabar por optar por algo que não está no programa (…). Podemos dizer “sim” ou “não”, quero ou não quero. Por muito apertados que nos vejamos pelas circunstâncias, nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre vários. (…) Não somos livres de escolher o que nos acontece (ter nascido certo dia, de certos pais, em tal país, sofrer de um cancro, ser bonitos ou feios, …, etc.), mas somos livres de responder desta maneira ou daquela ao que nos acontece (obedecer ou revoltar-nos, ser prudentes ou temerários, vingativos ou resignados, vestir-nos de acordo com a moda ou disfarçar-nos de ursos das cavernas, etc.»

 

 

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